Índia


As origens da matemática indiana remontam até cerca de 600 a.C. Uma série de manuscritos védicos contêm os primeiros trabalhos sobre aritmética, permutações e combinações, teoria dos números e extração de raízes quadradas.


Por volta de 250 a.C., o rei Asoca, governante da maior parte da Índia, tornou-se o primeiro monarca budista. A sua conversão foi celebrada com a construção de muitos pilares com os seus decretos esculpidos. Algumas destas colunas Asoca representam a primeira apresentação conhecida do que viriam a ser os nossos algarismos hindu-arábicos. O selo do Nepal mostra a coluna de Asoca em Lumbini, o local de nascimento de Buda. Assim, o sistema de numeração hindu utiliza os mesmos dez dígitos num sistema de numeração posicional, onde a posição de cada dígito indica o seu valor. Isto permite que os cálculos sejam realizados coluna a coluna. O primeiro matemático de excelência indiano do primeiro milénio d.C. foi Ariabata (b. 476). Foi ele quem deu o primeiro tratamento sistemático das 'equações diofantinas' - equações algébricas para as quais procuramos soluções inteiras. Ele também apresentou as regras para o cálculo da soma de uma progressão aritmética, para as somas dos primeiros números naturais e dos seus quadrados e cubos, e obteve o valor de 3,1416 para pi. O primeiro satélite espacial indiano foi designado Ariabata em sua honra.


Anos mais tarde matemáticos e astrónomos indianos construíram observatórios magníficos, como o Jantar Mantar, em Jaipur. Este consiste em catorze instrumentos enormes para medir dados astronómicos, e inclui o Samrat Yantra, o maior relógio solar do mundo, com cerca de 27 metros de altura.

[Índia 1947, 1975, 2003; Jaipur de 1947; Maurícias 1980; Nepal 1996]
 


Publicado/editado: 16/09/2015