Astronomia Grega


Os céus foram estudados por uma série de estudiosos gregos - em particular, Eudoxo, Aristarco, Hiparco e Ptolomeu. O matemático e astrónomo Eudoxo de Cnido (408-355 a.C.) estudou na Academia de Platão e é reconhecido pelo desenvolvimento dos fundamentos da teoria das proporções e o "método da exaustão” presentes nos “Elementos” de Euclides. Em astronomia, ele propôs a hipótese de que o Sol, a Lua e os planetas rodam em torno da Terra em esferas concêntricas, uma hipótese adotada numa forma modificada por Aristóteles.


Aristarco de Samos (c.310-230 a.C.) sugeriu uma hipótese alternativa - que "as estrelas fixas e o sol permanecem imóveis e que a Terra gira em torno do Sol na circunferência de um círculo". Aristarco, portanto, antecipou em 1800 anos a obra revolucionária de Copérnico, mas a sua hipótese encontrou poucos adeptos entre os seus contemporâneos.


A primeira aplicação da trigonometria à astronomia foi apresentada por Hiparco de Bitínia (190-120 a.C.), possivelmente o maior observador astronómico da antiguidade. Às vezes, chamado de "o pai da trigonometria", ele construiu uma "tabela de cordas', gerando os senos de ângulos. Ele também descobriu a precessão dos equinócios, introduziu um sistema de coordenadas para as estrelas e construiu o primeiro catálogo de estrelas conhecido.


A hipótese terra-centrada foi desenvolvida por Cláudio Ptolomeu de Alexandria (c.100-178 d.C.), e ficou conhecida como o "sistema de Ptolomeu'. Ptolomeu escreveu uma obra de 13 volumes sobre astronomia, conhecida normalmente pelo seu nome árabe Almagesto ("o maior"). Esta continha uma descrição matemática do movimento dos céus, e incluiu uma tabela de cordas, listando os senos dos ângulos de 0° a 180° em incrementos de ½°.


[Burundi 1973; Grécia 1980; Libéria 1973]

 


Publicado/editado: 25/09/2015